Esse fenômeno, cuja principal assinatura é o aquecimento anômalo da temperatura da superfície do mar na região do oceano Pacífico equatorial, começou a apresentar seus primeiros sinais de possível manifestação no mês de fevereiro, quando surgiram anomalias positivas de temperatura das águas na região do Pacífico equatorial próximas a costa oeste da América do Sul.

Nos meses seguintes (entre março e maio), esse aquecimento próximo a costa sul-americana se intensificou, e houve a expansão para oeste da área de aquecimento anômalo em direção a porção central do Pacífico equatorial, de modo que em junho as condições de temperatura da superfície do mar observadas apresentaram um padrão típico do fenômeno El Niño, como ilustrado na Figura 1.

Fonte de dados: NCEP/ NOAA – EUA
Elaboração: CPTEC/ INPE

Figura 1: Anomalia da temperatura da superfície do mar na região do Pacífico durante o período de 10 a 17 de junho de 2023.

Esse padrão se apresenta na forma de uma faixa de águas quentes em grande parte do Pacífico equatorial desde a porção central até a costa da América do Sul com anomalias superiores a 0.5°C. Próximo a costa da América do Sul as anomalias de temperatura da superfície do mar são superiores a 3°C, enquanto na porção central e leste do Pacífico equatorial as anomalias são superiores a 1°C.

As previsões de temperatura da superfície do mar para a região do Pacífico equatorial produzidas por modelos climáticos globais indicam mais de 90% de probabilidade de que condições de El Niño continuem a se manifestar nos próximos meses (Julho-Agosto-Setembro 2023), condições estas previstas a persistir, pelo menos até o final do ano.

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